
A Comunidade de Fala Brasil - CdF BR é uma associação civil sem fins lucrativos, formalmente institucionalizada, organizada em Núcleos, onde os protagonistas são pessoas com vivência em saúde mental em fase de superação, que atuam como palestrantes. Os núcleos reúnem trabalhadores e pessoas usuárias da saúde mental e apoiadores, que assumem funções de palestrantes (pessoas usuárias), coordenadores e supervisores.
Atualmente, a CdF BR está presente em Santa Maria (RS), Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e em formação no Norte de Minas, envolvendo as cidades de Montes Claros, Janaúba e São Francisco.
Os palestrantes são pessoas com histórias reais de sofrimento e superação em saúde mental. Após treinamento em metodologia própria, apresentam suas narrativas pessoais em sequência, relatando os períodos difíceis, o processo de aceitação e tratamento, o valor do autocuidado, a conquista da esperança e dos sonhos, e a experiência de sucesso.
As apresentações são voltadas para a sociedade em geral, mas têm como prioridade os serviços de saúde: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades Básicas de Saúde, hospitais e espaços acadêmicos — escolas e cursos de graduação como medicina, enfermagem, psicologia, serviço social, terapia ocupacional e outros.
Também participamos de congressos e simpósios de saúde mental, difundindo a lógica da educação em saúde por meio da voz de quem viveu a experiência. Nosso lema resume a essência da iniciativa: “Nada sobre nós, sem nós.”
Nossa atuação busca três frentes:

Contribuir para a quebra do estigma e para a valorização da diversidade das experiências em saúde mental.

Reforçar a importância da escuta qualificada e do atendimento humanizado, estimulando mudanças de postura nos serviços de saúde

Promover empoderamento, sociabilização e protagonismo, transformando antigos rótulos em reconhecimento como docentes por experiência.
Com isso, a CdF BR se coloca como um espaço de transformação social e pessoal, onde o testemunho de vida ganha força educativa e simbólica. Ao ocupar lugares de fala e ensino, os palestrantes deixam de ser vistos como “pacientes psiquiátricos” e passam a ser reconhecidos como sujeitos de respeito, com voz ativa e representatividade social.